MEU TIO ZÉ

Por Walther Neto

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Ahhh meu Tio Zé…

Irmão do Luiz, meu pai…irmão da tia Leone, 

tia Terezinha, tia Maria Helena e tia Celina.

Filho da Vó Carolina.... e Vô José Leme Walther.

Um Homem bravo... Um homem íntegro.... 

difícil... Palmeirense...  um homem bom...

Seu campo estava sempre com muitas pedras no caminho...  

arar essa terra era difícil, mas o cultivo era fértil...

A terra sempre tinha boas sementes ... a dos Figueiredos Walther.

Do Seu Grande Amor, minha tia Wilma, 

vieram minhas primas Cátia, Renata e Paula.

E muitas outras sementes germinaram ... e seguem florescendo.

Seu coração pode até parecer que ficou duro...  mas eu digo: era oco... 

e por dentro só tinha amor...

Um professor... sim..., mas muito mais que isso...

Um farol... para guiar nesses tempos turbulentos os pequenos barcos 

perdidos na tempestade...

E ajudar a levar marinheiros perdidos a um porto seguro... 

Hoje nosso farol se apagou...  mas de longe, 

lá do alto da Santa Cruz, vemos centenas de pequenos novos faróis ... 

acesos guiando os jovens marinheiros para fora das tempestades...

Minhas lembranças são tantas... 

que só posso falar que minha tempestade também era grande... 

Mas sua luz me mostrou caminhos que eu não imaginava.

Poucos sabem que tio Zé foi empresário musical... 

de um único trabalho...

Do grande show da cantora paraguaia em uma pizzaria de Altinópolis...  

lá pelos anos de 1985...

Eu era o pianista...ahhh, mas não deu certo.

Aprendemos muitos com as floradas do café, 

com o leite das Holandesas... com a vida que ele construiu...

Hoje está junto com os irmãos que se foram dessa vida 

plantando novas semente e iluminado nossos caminhos...

A Saudade é muita... e as lembranças nos enchem de esperança...

Seguir em frente, sempre!

E como ele dizia.

 Vaza... vai embora...  vai viver a sua vida.

EU TÔ BEM...